Publicado por Elias Santana em 18 de março de 2019.
Olá, queridos amigos!
Conforme apresentei na semana passada, o Novo Acordo Ortográfico é uma realidade! E ela pode ser o seu momento de reencontro com a língua portuguesa. Faça das novas regras o reinício dos seus estudos linguísticos! É uma meta pequena, que te dará uma nova percepção dos textos e do universo ao seu redor! Vamos iniciar nossas análises?
Primeiramente, vamos conhecer quem veio e quem se foi. As letras K, W e Y passaram a integrar nosso alfabeto – agora, são 26 letras, em vez de 23. Tal acréscimo age em função da grafia de nomes próprios (Yuri), das unidades de medidas (Kg) e dos termos estrangeiros (show). Palavras da língua portuguesa escritas com I, U ou C, por exemplo, não serão alteradas por essa medida (esqueça a possibilidade de ver por aí “kasas” ou “ygrejas”). Essa alteração torna o nosso alfabeto semelhante ao de muitos outros países ocidentais.
Em contrapartida, o trema foi retirado da nossa gramática. Apenas palavras derivadas de termos estrangeiros dotados de trema ainda possuirão a marca gráfica, como é o caso de mülleriano – derivado de Müller. Essa medida, em certo modo, facilita a vida de brasileiros já alfabetizados. Era muito comum, antes mesmo da implementação do novo acordo, encontrar em textos informais e em redações escolares as palavras “consequência”, “tranquilo”, “linguiça” e cinquenta” sem a marca que garantia a pronúncia do U em cada uma das quatro palavras supracitadas. Essa perda, todavia, tende a dificultar a vida daqueles que ainda irão se alfabetizar. Mais um desafio aos alfabetizadores (que já não possuem vida fácil em nosso país, e exercem uma atividade primordial ao desenvolvimento da nossa sociedade).
Ainda precisamos discutir sobre as alterações acerca da acentuação de palavras e emprego do hífen! Mas não é preciso pressa! Na semana que vem, ainda discutiremos esse assunto! Um forte abraço! Até lá!
Elias Santana
Professor de Língua Portuguesa e Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília